quarta-feira, julho 09, 2003

Se não podemos subir, então eles que desçam!



É um absurdo a quantidade de europeus que existem no Brasil. Provavelmente o Rio de Janeiro tem a maior concentração nacional e por isso eu esteja tão chocado. Mesmo com a chegada dos estrangeiros com seus estrangeirismos, o país está longe de atingir a qualidade de vida do 1o mundo, como na Europa. Não que isso seja ruim, mas se queremos um dia chegar lá, temos que nos preparar. E se começar pela economia, violência ou pela seleção de rugbi está difícil, vamos simplificar... Não se pode querer ir direto ao "clímax" europeu, do nada querer atingir o status atual do continente...o certo é começar de baixo. Por exemplo, como lá já houve um dia, temos hoje no Nordeste nossa própria "Cortina de Ferro", já é um bom começo e por sinal: que cortina hein! A maioria já ouviu o trocadilho O problema do nordeste não é a seca, mas a cerca (eu ainda acho que se fosse vendido pro Japão não haveria mais o "problema do nordeste", mas..). Depois, deveríamos construir um "Muro de Berlin"...entre São Paulo e Rio! Ficaria ali perto de Taubaté ou Pidamonhangaba. "Muro de Taubaté"...bonito...aí poderíamos derrubá-lo quando o Brasil ganhasse o hexacampeonato, ou na morte do Fernandinho Beira Mar (Fred Sea Side). Para demostrar um pouco de cultura, seria bom construir nossa versão do "Labirinto de Dédalus" envolta de Brasília, lá no meio dele, seguindo a tradição, colocaríamos os irmãos "minotauro" e "minotouro" (lutadores de vale tudo) e de vez em quando um político temperado amarrado num saco de carvão seria solto lá dentro (não podemos ser desumanos...os caras precisam comer, não é?).
Já que o nome Iuguslávia não existe mais, pois agora o país se chama Sérvia e Monte Negro (eu acho), o Piauí poderia ser chamado de Iuguslávia, talvez isso atire a atenção dos investidores, ou do "capital especulativo"...algo do tipo.

Poderíamos lançar um movimento extremista (nacionalista), um Neo Anauê ou Anauê New Age...Teríamos um ditador maluco (igual ao Hitler, ao invés do bigodinho e do cabelinho ridículo, ele usaria uma tanga, chinelos Havaiana, uma camisa "Bad Boy jiu-jitsu Team", um cocar de arara azul, uma fita do "Nosso Senhor do Bonfim" no tornozelo e um piercing com o símbolo do PT no umbigo). Nossa idéia de "abrasileiramento" seria imposta ao mundo afora. Onde todos deverão saber sambar, fazer 25 embaixadas, atirar com arco e flecha, conseguir dizer "Três pratos de trigo pra três tigres tristes" em tupi-guarani, connhecer as histórias do Curupira, Saci-pererê e da Mula-sem-cabeça e finalmente conseguir fazer a coreografia do "Bumba meu Boi" ao ritmo de axé, pagode e claro funk (funk?? toda pilha tem um lado negativo...é assim que funciona, ying e yang, arroz e feijão e assim por diante).
Talvez com todos esses pontos em comum, nos consigamos um dia engatinhar rumo à um Brasil de Primeiro Mundo.

- Israel Son - 23:50




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