terça-feira, fevereiro 10, 2004
Dolce VitaBom seria ter uma árvore delas. Porque quem já provou da fruta quer ter uma no quintal. Pra todo dia cedo, escalar os galhos úmidos do orvalho atrás da mais doce delas. Aquela lá no alto, perto do céu azul. E não são todas iguais? Mas é claro que não. Umas mais coradas, outras menos doces, mais durinhas e menos crescidas. São tantas e tantas e cada uma é uma. A corada para meus dias pálidos, a docinha nos dias de amargura, a macia quando a vida endurecer na minha frente e a maiorzinha para noites ocas. Lá no mais alto dos verdes, há uma só. Lá onde o vento bate mais forte, onde os galhos são mais finos, onde nem sabiá costuma assoviar. Que fique por lá. Enquanto isso, provo das outras por aqui, até o dia em que estiver pronta para pular, e cair aqui, na palma da minha mão.  :: Ouvindo :: Strangers on a train, Lovage :: Rabiscos de cela: - Israel Son - 18:17 |
