quinta-feira, abril 29, 2004
Louvado seja, Ó belga.Antes de começar o meu textículo globalizado, eu gostaria de entender por que todas palavras com "J" parecem de outro mundo pra mim? Jipe, joaninha, ajoelhar, cerveja, haljjioub...Só eu vejo o jota como letra extra-terrânea? E outra coisa, "vejo o jota" parece um trava-língua, não? Então, ao texto... Tempo passa e passa e enquanto espero me pergunto se a vida é mesmo assim tão simples. Pode parecer chato acreditar que nós não passamos de animais que desenvolveram a capacidade de fermentar um chumaço de trigo, segurar um caneco "poliédrico" e usar nosso "livre-arbítrio" pra escolher se tomaremos Miller ou Bohêmia, mas é nisso que eu acredito. É alarmante perceber que os joelhos doem quando se sobe 3 degraus de um bar, que a velhice é um buraco em que todos vamos cair, mas ainda mais assustador é entender que a morte está logo ali no fundo e que morrer sem dar um último gole não é algo assim tão improvável quando se vive numa cidade como Tombstone Rio. Por isso eu fico imaginando se a vida não é algo além disso tudo, além da capacidade de refletir sobre o que beber para não pensar em jotas. Me encontro sonhando acordado, pensando se não há algo a mais, algo mais divino que a fermentação, mais desejável do que o lúpulo. E senhores, descobri aquilo que nos leva além da condição de simples humanóides, além do mais alto e patético posto da cadeia alimentar. "Senhores eu vi", a cerveja com batata frita. :: Ouvindo :: Bota com buraco de bala, Matanza :: Rabiscos de cela: - Israel Son - 17:15 |